03 junho, 2011

Trecho

Certa vez, o professor quacre Parker Palmer disse sobre a sua vida que a depressão foi um amigo enviado para salvá-lo das alturas exageradas da falsa euforia que vinha fabricando desde sempre. A depressão o empurrou de volta à terra, de volta a um nível onde finalmente seria seguro andar e se manter na realidade. Eu também precisava ser puxada para o mundo real depois de anos a me içar artificialmente com uma paixão impensada atrás da outra. Também passei a ver a minha temporada de depressão como essencial, embora sortuna e tristonha.
Usei aquele tempo sozinha para me estudar, para responder sinceramente perguntas dolorosas e, com a ajuda de um terapeuta paciente, entender a origem do meu comportamento tão destrutivo.
...
Busquei, diligente, formas mais saudáveis de alegria. Passei muito tempo sozinha. Antes, nunca ficara sozinha, mas fiz um bom mapa do caminho. Aprendi a rezar, expiando o melhor possível a terra devastada e queimada atrás de mim. Principalmente, contudo, pratiquei a nova arte do autoconsolo, resistindo a todas as tentações românticas e sexuais passageiras com essa pergunta recém-adulta: "Essa escolha será benéfica para alguém a longo prazo? Em resumo: cresci.

Trecho do livro: Comprometida, Elizabeth Gilbert.

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