16 dezembro, 2012

Viver é se adaptar - 1ª lição contra depressão

No mês de agosto, assisti uma palestra no centro espírita Redentor, com o Wanderlei Oliveira, que estava lançado seu primeiro livro autoral sobre o tema depressão, "Depressão – como extrair lições preciosas dessa dor” um relato de 30 anos tratando e ouvindo pessoas depressivas.

Anotei algumas coisas que achei bem interessante, conforme o próprio Wanderlei disse, depressão não escolhe classe social, cor ou credo. E a depressão tem vários "graus" por isso não estamos imunes a ela.

* Os depressivos devem descobrir qual é o comportamento que sustenta sua doença. Qual comportamento repetitivo me joga na depressão?
* O remédio abranda para proporcionar que se sejam verificados esses sentimentos.
* Não é um castigo de Deus, pode sim ter sua causa em outras encarnações.
* Depressão é um indicador de vida nova, é um convite para sair de um determinado comportamento. Depressão é tudo que te afasta da sua paz.
* Ele deu um exemplo sobre reação depressiva: roubo de um carro. Claro, no primeiro momento todos ficam nervosos, bravos, tristes. Mas o comportamento normal depois desse primeiro momento seria: e agora, como vou me virar sem o carro? Vou ter que ir trabalhar de ônibus, vou ter que levantar um pouco mais cedo, etc. O depressivo não vira a página, não vai adiante, fica preso ao fato, a tristeza cresce, toma uma proporção incrível que tira a vontade de viver.
* Quando a tristeza incapacita a pessoa de fazer sua higiene pessoal ou a trabalhar, é persistente, nesse caso é doença.
* Muitos são depressivos mas não querem reconhecer, dizem: sou assim mesmo.
* Quem não busca alternativa para curar suas dores internas não estão agindo bem.
* Pessoas quietas têm perfis preocupantes.
* Nós nascemos na dor mas com  a proposta para curar nossa dor. Não nascemos para sofrer. Nascemos para sermos tão felizes quanto possível.
* Depressivos têm um relato virtuoso de si mesmo.
* Auto-abandono, cuida de todos mas não cuida de si.
* Viver é se adaptar.
* Falta de adaptação = 1º sintoma de depressão. Acreditamos que a dor é um castigo e não um professor. 
* Perda, ficamos remoendo e não aceitamos.
* Quando ficamos tristes temos que fazer perguntas: tristeza, o que você quer que eu adapte com isso? Quando aceitamos tudo é consertado mais rápido. Tudo que repudiamos fica mais difícil.
* Toda revolta é um atraso.
* Uma pessoa traída mas que tem brilho, sofre, questiona mas se recupera.
* Sofremos muito pela ingratidão.
* Pais de verdade não esperam muito dos seus filhos.
* Adaptar: mudar os conceitos de como vemos a vida. Rever conceitos, comportamentos. A velhice é a melhor idade para rever tudo.
* Aceitar as pessoas como elas são.
* Carregar o mundo nas costas: isso não é amor, amor é pegar do outro e junto com ele resolver.
* Conselho para os pais: não facilite a vida para os seus filhos. Acostumar eles com alma de pobre, não de mentalidade de pobre. Alma de pobre: viver com o necessário, quando ele puder ter as coisas pelo seu próprio esforço, ok. A tarefa dos pais é educar, para desenvolver os talentos, não resolver os problemas dos filhos.
* Não criar muita expectativa, não esperar demais dos outros e si mesmo.
* Perfeccionismo: extremamente controlador. Não controla seus sentimentos, controla o que está por fora.
* Adiar coisas: não resolve nada, não sai do emprego, não termina o relacionamento...gera a ansiedade que piora a depressão. Vem a angústia que é para nos dizer que estamos no limite, na desorganização interna. É hora de organizar.
* Geralmente o depressivo se vê maior do que é. É necessário se aceitar do jeito que é.
* Doenças morais difícil de se curar: orgulho e arrogância.
* O auto conhecimento sem a auto transformação não é útil.
* Nas depressões graves, 70% tem o fator obsessor, não como causa mas como consequência agravante, é coadjuvante. O obsessor não pode causar a depressão, mas sim, agravá-la.
* Quanto mais gostamos de nós, mas amamos o próximo. Isso é auto amor. Quando gostamos mais da gente do que do próximo, isso é egoísmo.
* Tratar-nos com bondade, encontrar as causas e entender a dor como algo reparador.  
* Buscar ajuda, sempre. Tudo fica mais difícil sozinho. E dependendo do grau realmente não conseguimos sozinhos.

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