01 janeiro, 2014

Alegria

Tenho refletido muito sobre a alegria ultimamente e penso que ser alegre, cultivar a alegria é um bem enorme.
Pode parecer contraditório mas alegria na tristeza é uma das coisas que nos dá ânimo e força para seguir adiante.
Claro, tem sim aquelas tristezas que nos tira o chão e nos abala dos pés a cabeça. Mas sabermos deixar a alegria voltar a nossa vida é fundamental.
Com a morte recente do Mandela, eu estava procurando uma foto dele na internet e percebi que 99% das fotos disponíveis dele ele estava sorrindo, alegre. E não precisamos ir muito a fundo para saber o quanto de percalços esse homem passou na sua vida. Mas aquele sorrisão quase não lhe saia do rosto.
Talvez esteja aí uma receita de vida, nos conscientizarmos que não estamos aqui para brincadeiras porém cabe a nós brincar com a vida para minimizar suas durezas.
Tive a mesma impressão lendo o livro Sonhei que a neve fervia, da Fal Azevedo, onde ela conta sobre a morte do seu marido, o seu grande amor, que deixou essa vida nos braços dela em uma noite, no apartamento onde eles moravam e eram muito, mais muito felizes.
Ela relata tudo e a gente sente como se tudo aquilo estava acontecendo com a gente, de tão profunda que foi sua dor.
Mas ela também tem alegria e humor e no meio de todo essa história você se vê rindo, dos comentários dela, da forma como vê as coisas, de como toca sua a vida mesmo sem nenhuma vontade de viver.
Daí eu pensei de novo: como é importante a gente manter a alegria no nosso dia a dia. Cultivar, fomentar o que nos alegra para aguentar a barra quando a vida vem como um mãe autoritária chamando a gente para sair do playground.
E daí a gente têm que encarar e mostrar para o quê estamos aqui, mas acredito que um pouco de alegria e bom humor vai ser mais fácil.

Trecho final de uma entrevista com o Maurício de Souza_que também adoro_para a revista Ponto de Encontro.

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